Meu grande amor se foi, e eu fiquei aqui juntando meus cacos

 Minha vida mudou completamente, quando menos esperava. Quando tudo aconteceu, um milhão de pensamentos vieram à tona. Isso tudo aconteceu, por conta de tantos erros? O que eu fiz para merecer tudo isso? A verdade é que as coisas vão acontecer, nós queiramos ou não.

A morte é tão inerente quanto a vida. E assim foi, no dia 17 de fevereiro de 2025, meu grande amor, esposo, confidente, faleceu de febre amarela. Depois de lutar por 10 dias, nós correndo diariamente ao hospital, médicos mal preparados falando que era dengue, você sofrendo e eu sem conseguir fazer nada além do que eu fiz.

Confesso que algumas vezes eu sinto uma certa culpa, e se eu tivesse feito algo a mais? E se eu tivesse insistido pra tomar a vacina? Será que o desfecho seria diferente? Não sabemos. Sua partida foi contida de tantas questões, tantos avisos.. A espiritualidade que acreditamos se manifestou, acredito que um eco de nós mesmos tentou informar aquilo que estava por vir.

Só sei que os dias são péssimos sem ele aqui, sem ter meu companheiro de vida e de estudos espirituais. Nós podemos nos preparar o quanto for para morte, mas nunca saberemos qual será a nossa reação quando ela chegar. Ainda mais, tão precocemente. Eu 30, ele 36 anos, e eu chegava a brincar que a cada ano ele rejuvenescia. Cuidava da saúde, corpo, mente e espírito. Um homem lindo, que assim como eu não era perfeito mais que se esforçava a cada dia.

Fez por mim, o que nem meus pais fizeram. Começou a construir nossa própria casa, nas montanhas, como sempre sonhamos. Nós dois já sabíamos que queríamos viver em um local montanhoso, mesmo antes de nos conhecermos. E como tudo com ele foi rápido, intenso e incrível. Nós nos conhecemos, e instantaneamente nos conectamos tão visceralmente. 

Ele me tirou de um buraco onde eu havia me colocado, e me relembrou de quem eu era. Eu sou grata por ter convivido com um homem tão maravilhoso. Infelizmente, muitos planos ficaram para trás, estacionados no vazio do tempo. Mas o que foi feito, ninguém apaga.

Se você tem um amor, ame intensamente. Não fique com jogos, ou com provocações. Nunca sabemos quando será nosso último momento com essa pessoa. 

Resgate de um texto - Repost Viva a Vida

Então saímos de um ventre, estamos sujos mas puros. Aos poucos o mundo começa a nos polir e moldar, então conhecemos os meios de conseguir o que queremos.

Começamos com pequenas chantagens emocionais, e conforme crescemos, viramos os monstros de nossos criadores.

Antes de partirmos para a linha de maturidade que é estabelecia etariamente, nos isolamos por um tempo, e ficamos nos depreciando até descobrir que existe vida além do casulo.

Começamos finalmente a viver, e a colocar em prática tudo aquilo que aprendemos, e se temos a cabeça realmente aberta, aprendemos novas coisas tão fantásticas quando uma estrela cadente.

Mesmo sem estudar aprendemos com a vida, em nossos locais de trabalho. E tanto as relações técnicas quanto descomprometidas nos mostram maneiras de agir que não percebemos em nós mesmos.

Há momentos em que os sentimentos falam tão alto que explodem e transparecem em nosso semblante, mas também somente quando estamos bravos enxergamos coisas que quando estávamos calmos não vimos.

Ser humano é sofrer, porque assim sabemos diferenciar o bom do ruim. Vivemos para errar e aprender com os erros, então nenhum momento é fraqueza, nem descaso.

O conhecimento bate na memória, e a imaginação toma conta dos sonhos que podem ou não virar realidade. E a realização desses sonhos não depende somente de um indivíduo, mas sim de uma cadeia de fatores internos e externos de cada grupo que tenha contato com o sonhador.

Carregamos muitas vezes o mundo nos ombros, por medo de não sermos bons em nada. E talvez nenhum de nós seja tão bom quanto os renomados que vemos por aí, mas somos únicos.

Você sabe fazer algo que ninguém mais faz igual, e isso o torna importante, e além disso é o melhor do mundo nisso que é sua maior qualidade, e que é reconhecida por todos que te conhecem por essa ser sua maior característica.

Não sejamos cruéis com nossas almas, torturem seus corpos, pois eles sucumbem mas curam. Porém, a alma demora a se recuperar, pois a memória é rancorosa.

Um dia o nosso coração, para de bater. Suas pupilas dilatam, e seu olhar fica finalmente vazio. Não existe mais aquele velho brilho sonhador. Antes de ir, vemos a vida passar como um filme, e vamos andando em direção ao fim infinito da vida.

Viver é uma arte, é um ofício

Há alguns dias eu cheguei a ler cada um dos meus posts aqui do blog. Tantos questionamentos, tanta raiva, frustração mas também aspirações de alguém que não sabia ainda o que seria quando fosse adulta. Fato é que, respondendo alguns dos meus questionamentos, eu me formei em Publicidade e Propaganda, me Pós graduei em gestão estratégica do design e por algum tempo eu percebi que isso eram só títulos. Depois de um período bem obscuro, quando enfrentei uma das fases mais dark da minha vida, eu finalmente sinto que estou "voltando para casa". A pandemia ajudou muito, não posso mentir. Pude trabalhar de casa e hoje sinto que estou finalmente entrando nos trilhos da minha verdadeira profissão, que no final das contas sempre teve a ver com a arte. Música, vídeos, arte, desenhos.. tudo isso faz parte daquilo que eu amo. Não posso dizer que seja pela minha criação somente, mas sim porque me identifiquei com isso. E olhe só, hoje estou com 28 e é como se eu tivesse parado no tempo com relação à idade. Hoje eu percebo quando as pessoas falam que tudo corre tão rápido. Por isso, meu caro leitor, viva o hoje. Tire os nãos da sua vida e viva!

Personalidade fragmentada

Ontem eu estava pensando e até falei com meu esposo sobre em quem momento entre a minha adolescência e vida adulta eu me perdi. Existiu um momento em que eu simplesmente perdi as rédeas e foi só ladeira a baixo. Um ambiente caótico quando você é uma criança pode gerar mais tarde, comportamentos de fuga da realidade de uma maneira que só quem vive sabe. E assim foi comigo, mas não somente por conta dessa realidade caótica de brigas em que eu cresci, mas, também por conta de identificações com a raiva, medo e descrença. Nessa, eu passei a ter a sensação de que eu me perdi em mim mesma. Me moldei tanto em ser o que era mais legal pra sociedade e esqueci de ser eu mesma. E olha que eu não cheguei a 1% do que pode ser considerado convencional. Espero que pouco a pouco eu vá readquirindo mais pedaços de mim por aí. 

Eu voltei e agora é pra ficar

 Olá queridos leitores! Quanto tempo se passou, não é mesmo? Desde que eu tentei recomeçar em outro endereço, não deu muito certo. Provavelmente eu não encontrarei mais ninguém da época em que eu escrevia quase que diariamente neste blog. Tanto mudou, eu mudei. Em pensar que iniciei este projeto com 13 anos e hoje eu tenho 28 anos! É, o tempo passou mas a nostalgia ficou. Voltei e se alguém ainda estiver aí, ou não, voltei e só queria avisar isso.