Superficialidade.

Tudo o que você quer, é ser essa coisa que anda e faz o que os outros mandam. Você quer isso por temer ser o que realmente é, e como você já está há muito tempo nesse navio, agora você faz parte desse navio. Não se julgue, seja o que é. Se quando você tenta ser você mesmo e afasta a todos que andam com você, é porque se acostumaram e conheceram a pessoa que você fingia ser. E muitas vezes somos farsas de nós mesmos somente para se encaixar em um padrão social. A popularidade é algo realmente destruidor de "eus". Os "eus" morrem e os "nós" aparecem como um cardume. Estenda sua mão, o mais alto que puder. Agora abaixe. Parabéns, você é uma marionete. Faça o que realmente quer, não o que os outros querem. Somos ao mesmo tempo marionetes e condutores de outras marionetes. Cada um manipula o outro como se um fosse dono do próximo, mas não dizem que ninguém é de ninguém?
Comem o fígado de quem foge do padrão, mas veneram quem é a Barbie na caixa. Entende como tudo é superficial? Nada se aprofunda. Um simples presente é o que "mostra" a afeição ou gratidão pela pessoa. Mas um simples obrigado não basta. Deixe no débito. Não seja superficial, seja alguém que valha à pena conviver, para mais tarde você não virar uma pessoa que ninguém mais aguenta ficar perto.
Te digo o que você pode fazer, não o que você deve fazer. É assim que a banda toca, então não leve tudo ao pé da letra, como quando você compra fast food que vem tudo amarrotado e você aceita mesmo assim. Questione você também as coisas da vida, se questione e solucione seus mistérios porque ninguém pode fazer isso por você.
Você é o que te deixa em pé, não sua maquiagem, nem seu boné de grife. Superficialidade é o perfume barato que te dá a maior alergia. Quando não está em você é cheiroso, e nos outros também, mas se pinga uma gota em você é como se milhares de abelhas estivessem cravando seus ferrões em sua pele.